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segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

EU NÃO GOSTO DE VCOÊ PAPAI NOEL

POEMA DE NATAL
"Eu não gosto de você Papai Noel! Também não gosto desse seu papel de vender ilusão pra burguesia. Se os meninos pobres da cidade soubessem o desprezo que você tem pelos humildes; pela humildade, eu acho que eles jogavam pedras em sua fantasia.
Faz muito, talvez você não se recorde mais, eu cresci me tornei rapaz, sem nunca esquecer daquilo que passou... Eu lhe escrevi um bilhete pedindo o meu presente... a noite inteira eu esperei contente... Chegou o sol, mas você Papai noel, não chegou. Dias depois meu pobre pai cansado me trouxe um trenzinho velho, enferrujado, pôs na minha mão e falou:Tome filho, é pra você. 
Foi Papai Noel que mandou! E vi quando ele disfarçou umas lágrimas com a mão. Eu inocente e alegre nesse caso, pensei que meu bilhete, embora com atraso, tinha chegado em suas mãos no fim do mês. Limpei-o carinho, dei corda, o trenzinho partiu, deu muitas voltas... O meu pai então sorriu e me abraçou pela ultima vez. O resto eu só pude compreender depois que cresci e vi as coisas com a realidade.
Um dia meu pai chegou assim pra mim como quem tá com medo e falou: -Filho, me dá aqui seu brinquedo, eu vou trocar por outro na cidade. Então eu entreguei o meu trenzinho quase a soluçar, como quem não quer abandonar, um mimo que lhe deu quem lhe quer bem.
 Eu supliquei... Pai! Eu não quero outro brinquedo, eu quero meu trenzinho... Não vai leva meu trem, pai...! Meu pai calou-se e de seu rosto desceu uma lágrima que até hoje creio tão pura e santa assim só Deus chorou, ele saiu correndo, bateu a porta assim, como um doido varrido. A minha mãe gritou: -José! José! José... Ele nem deu ouvido, foi-se embora e nunca mais voltou...
Você! Papai Noel, me transformou num homem que a infância arruinou...Sem pai e sem brinquedo, afinal, dos meus presentes não há um que sobre da riqueza de um menino pobre, que sonha o ano inteiro com a noite de Natal! Meu pobre pai, mal vestido, pra não me ver naquele dia desiludido, pagou bem caro a minha ilusão... Num gesto nobre, humano e decisivo, ele foi longe demais pra me trazer aquele lenitivo; tinha roubado aquele trenzinho do filho do patrão! Quando ele sumiu, eu pensei que ele tinha viajado, só depois de eu grande minha mãe em prantos me contou... que ele foi preso, coitado! E transformado em réu. Ninguém pra absolver meu pai se atrevia. Ele foi definhando na cadeia até que um dia, Nosso Senhor... Deus nosso Pai...Jesus, entrou em sua cela e o libertou  para o céu."
Aldemar Paiva 

domingo, 4 de dezembro de 2016

EU SOU UM DISCÍPULO


Encontrada na Bíblia de um Homem de Deus na África

Eu sou parte da confraternização dos sem vergonha. 
Eu tenho o poder do Espírito Santo.
A sorte foi lançada. Eu pisei em cima da linha.
A decisão foi tomada. Eu sou um discípulo, Dele.
Eu não vou olhar para trás, desistir, ficar lento, retroceder ou ficar parado.
Meu passado está redimido, meu presente faz sentido e meu futuro está garantido.
Eu estou cheio de uma vidinha pequena, de andar por vista, de planos pequenos, 
de joelhos moles, de sonhos sem cor, de visões pacatas, de linguajar mundano,
de dar pouco e de alvos nanicos.
Eu não preciso mais de proeminência, de prosperidade, posição, promoções, 
aplausos ou popularidade.
Eu não tenho que estar certo, ser o primeiro, o de cima, ser reconhecido,
louvado aplaudido ou recompensado.
Eu agora vivo pela Presença, descanso pela fé, amo pela paciência,
levanto-me pela oração e trabalho pelo poder.
Meu rosto está disposto, meu andar é rápido, meu alvo é o céu, 
minha estrada é estreita e meu caminho é difícil.
Meus companheiros são poucos, meu Guia é confiável, minha visão é clara.
Não posso ser comprado, comprometido, não posso retornar, 
ser seduzido, convencido a desistir, iludido ou atrasado.
Eu não me acovardarei diante do sacrifício, não hesitarei na presença da adversidade,
não negociarei na mesa do inimigo, não desejarei nadar na piscina da popularidade e 
não vaguearei no labirinto da mediocridade.
Não desistirei e não me calarei até que eu tenha pregado tudo que posso, 
orado tudo que posso, pago tudo que posso, armazenado tudo que posso e
 permanecido firme pela causa de Cristo.
Eu sou um discípulo de Jesus.
Eu devo ir até que Ele venha, dar até que me esgote e pregar até que todos O conheçam. 
E quando Ele vier para pegar o que é Seu, Ele não terá problemas em me reconhecer... 
minhas cores estão voando alto  e são claras para todos verem.

Autor> DESCONHECIDO PELOS HOMENS

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

CARTA A DIONETO

Um pagão culto, desejoso de conhecer melhor a nova religião que se espalhava pelas províncias do império romano, impressionado pela maneira como os cristãos desprezavam o mundo, a morte e os deuses pagãos, pelo amor com que se amavam, queria saber: que Deus era aquele em quem confiavam e que gênero de culto lhe prestavam; de onde vinha aquela raça nova e por que razões aparecera na história tão tarde.

Foi para responder a estas e outras questões de igual importância que nasceu esta jóia da literatura cristã primitiva, o escrito que conhecemos como Epístola a Diogneto.

O texto se revela, simultaneamente, como crítica do paganismo e do judaísmo e defesa da superioridade do cristianismo.

Sobre este documento, infelizmente, não se sabe muita coisa. Elementos importantes que ajudam a determinar e caracterizar uma obra, tais como autor, data e local de composição, bem como o destinatário, ficam na sombra. De qualquer maneira trata-se de um documento de primeira grandeza sobre a vida cristã primitiva que merece ser colocado entre as obras mais brilhantes da literatura cristã.

De acordo com os últimos estudos o destinatário mais provável seria o imperador Adriano, que exercia a função de arconte em Atenas desde 112 d.C.


EPÍSTOLA A DIONETO (íntegra do texto)


Exórdio

Excelentíssimo Diogneto,

1. Vejo que te interessas em aprender a religião dos cristãos e que, muito sábia e cuidadosamente te informaste sobre eles: Qual é esse Deus no qual confiam e como o veneram, para que todos eles desdenhem o mundo, desprezem a morte, e não considerem os deuses que os gregos reconhecem, nem observem a crença dos judeus; que tipo de amor é esse que eles têm uns para com os outros; e, finalmente, por que esta nova estirpe ou gênero de vida apareceu agora e não antes. Aprovo este teu desejo e peço a Deus, o qual preside tanto o nosso falar como o nosso ouvir, que me conceda dizer de tal modo que, ao escutar, te tornes melhor; e assim, ao escutares, não se arrependa aquele que falou.

Refutação da idolatria

2. Comecemos. Purificado de todos os preconceitos que se amontoam em sua mente; despojado do teu hábito enganador, e tornado, pela raiz, homem novo; e estando para escutar, como confessas, uma doutrina nova, vê não somente com os olhos, mas também com a inteligência, que substância e que forma possuem os que dizeis que são deuses e assim os considerais; não é verdade que um é pedra, como a que pisamos; outro é bronze, não melhor que aquele que serve para fazer os utensílios que usamos; outro é madeira que já está podre; outro ainda é prata, que necessita de alguém que o guarde, para que não seja roubado; outro é ferro, consumido pela ferrugem; outro de barro, não menos escolhido que aquele usado para os serviços mais vis? Tudo isso não é de material corruptível? Não são lavrados com o ferro e o fogo? Não foi o ferreiro que modelou um, o ourives outro e o oleiro outro? Não é verdade que antes de serem moldados pelos artesãos na forma que agora têm, cada um deles poderia ser, como agora transformado em outro? E se os mesmos artesãos trabalhassem os mesmos utensílios do mesmo material que agora vemos, não poderiam transformar-se em deuses como esses? E, ao contrário, esses que adorais, não poderiam transformar-se, por mãos de homens, em utensílios semelhantes aos demais? Essas coisas todas não são surdas, cegas, inanimadas, insensíveis, imóveis? Não apodrecem todas elas? Não são destrutíveis? A essas coisas chamais de deuses, as servis, as adorais, e terminais sendo semelhante a elas. Depois, odiais os cristãos, porque estes não os consideram deuses. Contudo, vós que os julgais e imaginais deuses, não os desprezais mais do que eles? Por acaso não zombais deles e os cobris ainda mais de injúrias, vós que venerais deuses de pedra e de barro, sem ninguém que os guarde, enquanto fechais à chave, durante a noite, aqueles feitos de prata e de ouro, e de dia colocais guardas para que não sejam roubados? Com as honras que acreditais tributar-lhes, se é que eles têm sensibilidade, na verdade os castigais com elas; por outro lado, se são insensíveis, vós os envergonhais com sacrifícios de sangue e gordura. Caso contrário, que alguém de vós prove essas coisas e permita que elas lhe sejam feitas. Mas o homem, espontaneamente, não suportaria tal suplício, porque tem sensibilidade e inteligência; a pedra, porém, suporta tudo, porque é insensível. Concluindo, eu poderia dizer-te outras coisas sobre o motivo que os cristãos têm para não se submeterem a esses deuses. Se o que eu disse parece insuficiente para alguém, creio que seja inútil dizer mais alguma coisa.

Refutação do culto judaico

3. Por outro lado, creio que desejais particularmente saber por que eles não adoram Deus à maneira dos judeus. Os judeus têm razão quando rejeitam a idolatria, de que falamos antes, e prestam culto a um só Deus, considerando-o Senhor do universo.Contudo, erram quando lhe prestam um culto semelhante ao dos pagãos. Assim como os gregos demonstram idiotice, sacrificando a coisas insensíveis e surdas, eles também, pensando em oferecer coisas a Deus, como se ele tivesse necessidade delas, realizam algo que é parecido a loucura, e não um ato de culto. “Quem fez o céu e a terra, e tudo o que neles existe”, e que provê todo aquilo de que necessitamos, não tem necessidade nenhuma desses bens.Ele próprio fornece as coisas àqueles que acreditam oferece-las a ele. Aqueles que crêem oferecer-lhe sacrifícios com sangue, gordura e holocaustos, e que o enaltecem com esses atos, não me parecem diferentes daqueles que tributam reverência a ídolos surdos, que não podem participar do culto. Os outros imaginam estar dando algo a quem de nada precisa.

O ritualismo judaico

4. Não creio que tenhas necessidade de que eu te informe sobre o escrúpulo deles a respeito de certos alimentos, a sua superstição sobre os sábados, seu orgulho da circuncisão, seu fingimento com jejuns e novilúnios, coisas todas ridículas, que não merecem nenhuma consideração. Não será injusto aceitar algumas das coisas criadas por Deus para uso dos homens como bem criadas e rejeitar outras como inúteis e supérfluas? Não é sacrílego caluniar a Deus, imaginando que nos proíbe fazer algum bem em dia de sábado? Não é digno de zombaria orgulhar-se da mutilação do corpo como sinal de eleição, acreditando, com isso ser particularmente amados por Deus? E o fato de estar em perpétua vigilância diante dos astros e da lua, para calcular os meses e os dias, e distribuir as disposições de Deus, e dividir as mudanças das estações conforme seus próprios impulsos, umas para festa e outras para luto? Quem consideraria isto prova de insensatez e não de religião? Penso que agora tenhas entendido suficientemente por que os cristãos estão certos em se abster da vaidade e do engano, assim como das complicadas observâncias e das vanglórias dos judeus. Não creias poder aprender do homem o mistério de sua própria religião.

Os mistérios cristãos

5. Os cristãos, de fato, não se distinguem dos outros homens, nem por sua terra, nem por sua língua ou costumes. Com efeito, não moram em cidades próprias, nem falam língua estranha, nem têm algum modo especial de viver. Sua doutrina não foi inventada por eles, graças ao talento e a especulação de homens curiosos, nem professam, como outros, algum ensinamento humano. Pelo contrário, vivendo em casa gregas e bárbaras, conforme a sorte de cada um, e adaptando-se aos costumes do lugar quanto à roupa, ao alimento e ao resto, testemunham um modo de vida admirável e, sem dúvida, paradoxal. Vivem na sua pátria, mas como forasteiros; participam de tudo como cristãos e suportam tudo como estrangeiros.Toda pátria estrangeira é pátria deles, a cada pátria é estrangeira. Casam-se como todos e geram filhos, mas não abandonam os recém-nascidos. Põe a mesa em comum, mas não o leito; estão na carne, mas não vivem segundo a carne; moram na terra, mas têm sua cidadania no céu; obedecem as leis estabelecidas, as com sua vida ultrapassam as leis; amam a todos e são perseguidos por todos; são desconhecidos e, apesar disso, condenados; são mortos e, deste modo, lhes é dada a vida; são pobres e enriquecem a muitos; carecem de tudo e tem abundância de tudo; são desprezados e, no desprezo, tornam-se glorificados; são amaldiçoados e, depois, proclamados justos; são injuriados, e bendizem; são maltratados, e honram; fazem o bem, e são punidos como malfeitores; são condenados, e se alegram como se recebessem a vida. Pelos judeus são combatidos como estrangeiros, pelos gregos são perseguidos, a aqueles que os odeiam não saberiam dizer o motivo do ódio.

A alma do mundo

6. Em poucas palavras, assim como a alma está no corpo, assim estão os cristãos no mundo. A alma está espalhada por todas as partes do corpo, e os cristãos estão em todas as partes do mundo. A alma habita no corpo, mas não procede do corpo; os cristãos habitam no mundo, mas não são do mundo.A alma invisível está contida num corpo visível; os cristãos são vistos no mundo, mas sua religião é invisível. A carne odeia e combate a alma, embora não tenha recebido nenhuma ofensa dela, porque esta a impede de gozar dos prazeres; embora não tenha recebido injustiça dos cristãos, o mundo os odeia, porque estes se opõem aos prazeres. A alma ama a carne e os membros que a odeiam; também os cristãos amam aqueles que os odeiam. A alma está contida no corpo, mas é ela que sustenta o corpo; também os cristãos estão no mundo como numa prisão, mas são eles que sustentam o mundo.A alma imortal habita em uma tenda mortal; também os cristãos habitam como estrangeiros em moradas que se corrompem, esperando a incorruptibilidade nos céus. Maltratada em comidas e bebidas, a alma torna-se melhor; também os cristãos, maltratados, a cada dia mais se multiplicam. Tal é o posto que Deus lhes determinou, e não lhes é lícito dele desertar.

Origem divina do cristianismo

7. De fato, como já disse, não é uma invenção humana que lhes foi transmitida, nem julgam digno observar com tanto cuidado um pensamento mortal, nem se lhes confiou a administração de mistérios humanos. Ao contrario, aquele que é verdadeiramente senhor e criador de tudo, o Deus invisível, ele próprio fez descer do céu, para o meio dos homens, a verdade, a palavra santa e incompreensível, e a colocou em seus corações. Fez isso, não m,andando para os homens, como alguém poderia imaginar, algum dos seus servos, ou um anjo, ou algum príncipe daqueles que governam as coisas terrestres, ou algum dos que são encarregados das administrações dos céus, mas o próprio artífice e criador do universo; aquele por meio do qual ele criou os céus e através do qual encerrou o mar em seus limites; aquele cujo mistério todos os elementos guardam fielmente; aquele de cuja mão o sol recebeu as medidas que deve observar em seu curso cotidiano; aquele a quem a lua obedece, quando lhe manda luzir durante a noite; aquele a quem obedecem as estrelas que formam o séqüito da lua em seu percurso; aquele que, finalmente, por meio do qual todo foi ordenado, delimitado e disposto: os céus e as coisas que existem nos céus, a terra e as coisas que existem na terra, o mar e as coisas que existem no mar, o fogo, o ar, o abismo, aquilo que está no alto, o que está no profundo e o que está no meio. Foi esse que Deus enviou. Talvez, como alguém poderia pensar, será que o enviou para que existisse uma tirania ou para infundir-nos medo e prostração? De modo algum. Ao contrário, enviou-o com clemência e mansidão, como um rei que envia seu filho. Deus o enviou, e o enviou como homem para os homens; enviou-o para nos salvar, para persuadir, e não para violentar, pois em Deus não há violência. Enviou-o para chamar, e não para castigar; enviou-o, finalmente, para amar, e não para julgar. Ele o enviará para julgar, e quem poderá suportar sua presença? Não vês como os cristãos são jogados às feras, para que reneguem o Senhor, e não se deixam vencer? Não vês como quanto mais são castigados com a morte, tanto mais outros se multiplicam? Isso não parece obra humana. Isso pertence ao poder de Deus e prova a sua presença.

A Encarnação

8. Quem de todos os homens sabia o que é Deus, antes que ele próprio viesse? Quererás aceitar os discursos vazios e estúpidos dos filósofos, que por certo são dignos de toda fé? Alguns afirmam que Deus é o fogo - para onde irão estes, chamando-o de deus? - Outros diziam que é água. Outros ainda que é dos elementos criados por Deus. Não há dúvida de que se alguma dessas afirmações é aceitável, poderíamos também afirmar que cada uma de todas as criaturas igualmente manifesta Deus. Mas todas essas coisas são charlatanices e invenções de charlatães. Nenhum homem viu, nem conheceu a Deus, mas ele próprio se revelou a nós. Revelou-se mediante a fé, unicamente pala qual é concedido ver a Deus. Deus, Senhor e criador do universo, que fez todas as coisas e as estabeleceu em ordem, não só se mostrou amigo dos homens, mas também paciente. Ele sempre foi assim, continua sendo, e o será: clemente, bom, manso e verdadeiro. Somente ele é bom. Tendo concebido grande e inefável projeto, ele o comunicou somente ao Filho. Enquanto o mantinha no mistério e guardava sua sábia vontade, parecia que não cuidava de nós, não pensava em nós. Todavia, quando, por meio de seu Filho amado, revelou e manifesto o que tinha estabelecido desde o princípio, concedeu-nos junto todas as coisas: não só participar de seu benefícios, mas ver e compreender coisas que nenhum de nós teria jamais esperado.

A economia divina

9. Quando Deus dispôs todo em si mesmo juntamente com seu Filho, no tempo passado, ele permitiu que nós, conforme a nossa vontade, nos deixássemos arrastar por nossos impulsos desordenados, levados por prazeres e concupiscências. Ele não se comprazia com os nossos pecados, mas também os suportava. Também não aprovava aquele tempo de injustiça, mas preparava o tempo atual de justiça, para que nos convencêssemos de que naquele tempo, por causa de nossas obras, éramos indignos da vida, e agora, só pela bondade de Deus, somos dignos dela. Também para que ficasse claro que por nossas forças era impossível entrar no Reino de Deus, e que somente pelo seu poder nos tornamos capazes disso. Quando a nossa injustiça chegou ao máximo e ficou claro que a única retribuição que poderiam esperar era castigo e morte, chegou o tempo que Deus estabelecera para manifestar a sua bondade e o seu poder. Oh imensa bondade e amor de Deus! Ele não nos odiou, não nos rejeitou, nem guardou ressentimento contra nós. Pelo contrário, mostrou-se paciente e nos suportou. Com, misericórdia tomou para si os nossos pecados e enviou o seu Filho para nos resgatar: o santo pelos ímpios, o inocente pelos maus, o justo pelos injustos, o incorruptível pelos corruptíveis, o imortal pelos mortais. De fato, que outra coisa poderia cobrir nossos pecados, senão a sua justiça? Por meio de quem poderíamos ter sido justificados nós, injustos e ímpios, a não ser unicamente pelo Filho de Deus? Oh doce troca, oh obra insondável, oh inesperados benefícios! A injustiça de muito é reparada por um só justo, e a justiça de um só torna justos muitos outros. Ele antes nos convenceu da impotência da nossa natureza para ter a vida; agora mostra-nos o salvador capaz de salvar até mesmo o impossível Com essas duas coisas, ele quis que confiássemos na sua bondade e considerássemos nosso sustentador, pai, mestre, conselheiro, médico, inteligência, luz, homem, glória, força, vida, sem preocupações com a roupa e o alimento.

A essência da nova religião

10. Se também desejas alcançar esta fé, primeiro deves obter o conhecimento do Pai. Deus, com efeito, amou os homens. Para eles criou o mundo e a eles submeteu todas as coisas que estão sobre a terra. Deu-lhes a palavra e a razão, e só a eles permitiu contemplá-lo. Formou-os à sua imagem, enviou-lhes o seu Filho unigênito, anunciou-lhes o reino do céu, e o dará àqueles que o tiverem amado. Depois de conhece-lo, tens idéia da alegria com que será preenchido? Como não amarás aquele que tanto te amou? Amando-o, tu te tornarás imitador da sua bondade. Não te maravilhes de que um homem possa se tornar imitador de Deus. Se Deus quiser, o homem poderá. A felicidade não está em oprimir o próximo, ou em querer estar pro cima dos mais fracos, ou enriquecer-se e praticar violência contra os inferiores. Deste modo, ninguém pode imitar a Deus, pois tudo isto está longe de sua grandeza. Todavia, quem toma para si o peso do próximo, e naquilo que é superior procura beneficiar o inferior; aquele que dá aos necessitados o que recebeu de Deus, é como Deus para os que receberam de sua mão, é imitador de Deus. Então, ainda estando na terra, contemplarás porque Deus reina nos céus. Aí começarás a falar dos mistérios de Deus, amarás e admirarás os que são castigados por não querer negar a Deus. Condenarás o erro e o engano do mundo, quando realmente conheceres a vida no céu, quando desprezares esta vida que aqui parece morte, e temeres a morte verdadeira, reservada àqueles que estão condenados ao fogo eterno, que atormentarás até o fim aqueles que lhe forem entregues. Se conheceres este fogo, ficarás admirado, e chamarás de felizes aqueles que, com justiça, suportaram o fogo passageiro.

O discípulo do Verbo

11. Não falo de coisas estranhas, nem busco coisas absurdas. Discípulo dos apóstolos, torno-me agora mestre das nações e transmito o que me foi entregue para aqueles que se tornaram discípulos dignos da verdade. De fato quem foi retamente instruído e gerado pelo Verbo amável, não procura aprender com clareza o que o mesmo Verbo claramente mostrou aos seus discípulos? O Verbo apareceu para eles, manifestando-se e falando livremente. Os incrédulos não o compreenderam, mas ele guiou os discípulos que julgou fiéis, e estes conheceram os mistérios do Pai. Deu enviou o Verbo como graça, para que se manifestasse ao mundo. Desprezado pelo povo, foi anunciado pelos apóstolos a acreditado pelos pagãos. Desde o princípio e apareceu como novo e era antigo, a agora sempre se torna novo nos corações dos fiéis. Ele é desde sempre, e hoje é reconhecido como Filho. Por meio dele, a Igreja se enriquece e a graça se multiplica, difundindo-se nos fiéis. Essa graça inspira a sabedoria, desvela os mistérios e anuncia os tempos, alegra-se nos fiéis, entrega-se aos que a buscam, sem infringir as regras da fé nem ultrapassar os limites dos Padres. Celebra-se então o temor da lei, reconhecesse a graça dos profetas, conserva-se a fé dos evangelhos, guarda-se a tradição dos apóstolos e a graça da Igreja exulta. Não contristando essa graça, saberás o que o Verbo diz por meio dos que ele quer e quando quer. Com efeito, quantas coisas fomos levados a vos explicar com zelo pala vontade do Verbo que no-las inspira! Nós vos comunicamos por amor essas mesmas coisas que nos foram reveladas.

A verdadeira ciência

12. Atendendo e ouvindo com cuidado, conhecereis que coisas Deus prepara para os que o amam com lealdade. Transformam-se em paraíso de delícias, produzindo em si mesmos uma arvora fértil e frondosa, ornados com toda a variedade de frutos. Com efeito, neste lugar foi plantada a árvore da ciência e a arvora da vida; não é a arvora da ciência que mata, e sim a desobediência. Não é sem sentido que está escrito: No princípio Deus plantou a arvora da ciência da vida no meio do paraíso, indicando assim a vida por meio da ciência. Contudo, por não tê-la usado de maneira pura, os primeiros homens ficaram nus por causa da sedução da serpente. De fato, não há vida sem ciência, nem ciência segura sem verdadeira vida, e por isso as duas árvores foram plantadas uma perto da outra. Compreendendo essa força e lastimando a ciência que se exercita sobre a vida sem a norma da verdade, o Apóstolo diz: “A ciência incha; o amor, porém, edifica.” De fato, quem pensa que sabe alguma coisa sem a verdadeira ciência, testemunhada pela vida, não sabe nada: é enganado pala serpente, não tendo amado a vida. Aquele, porém, que sabe com temor e procura a vida, planta na esperança, esperando o fruto. Que a ciência seja coração para ti; a vida seja o Verbo verdadeiramente compreendido. Levando a arvora dele e produzindo fruto, sempre colherás o que é agradável diante de Deus, o que a serpente não toca, nem se mistura em engano; nem Eva é corrompida, mas reconhecida como virgem. A salvação é mostrada, os apóstolos são compreendidos, a Páscoa do Senhor se adianta, os círios se reúnem, harmoniza-se com o mundo e, instruindo os santos, o Verbo se alegra, pelo qual o Pai é glorificado. A ele, a glória pelos séculos. Amém.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

O QUE É O BATISMO? QUAL É O OBJETIVO DA SALVAÇÃO?

O que é o Batismo?

     "Antes que o cristão seja batizado, ele deve se perguntar: Agora que vou passar pelas águas, o que o batismo fará por mim? Esta é uma pergunta que olha para o futuro. Mas após o batismo, o cristão precisa olhar para trás e fazer uma segunda pergunta: Qual é o significado disso pelo que passei? A primeira pergunta é perspectiva, com vistas àquilo que está, adiante, tentando obter entendimento antes do batismo; a segunda pergunta é retrospectiva, tentando confirmar e ampliar tal entendimento após o batismo
Vamos ler alguns textos:

- Mc 16.15,16: "E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura, quem crer e for batizado será salvo".

- At 2.38: "Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de JESUS CRISTO para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do ESPÍRITO SANTO".

- At 22.16: "E agora, por que te demoras? Levanta-te, recebe o batismo e lava os teus pecados, invocando o nome dele".

- Rm 6.3,4: "Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em CRISTO JESUS fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como CRISTO foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida".

- Cl 2.12: "tendo sido sepultados, juntamente com ele, no batismo, no qual igualmente fostes ressuscitados mediante a fé no poder de DEUS que o ressuscitou dentre os mortos".

- 1 Pd 3.20-21: "os quais, noutro tempo, foram desobedientes quando a longanimidade de DEUS aguardava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca, na qual poucos, a saber, oito pessoas, foram salvos, através da água, a qual, figurando o batismo, agora também vos salva, não sendo a remoção da imundícia da carne, mas a indagação de uma boa consciência para com DEUS, por meio da ressurreição de JESUS CRISTO".
Quem crer e for batizado Será salvo

     Lendo esse tema supracitado, vemos que esse é um assunto do Evangelho de Marcos, capítulo 16 e os versículos 15 e 16, onde vemos que muitos têm uma má compreensão desses textos. A maioria dos cristãos ficam um pouco apreensivos com o versículo 16. Alguns acham que estão autorizados a mudar o texto para "quem crer e for salvo será batizado". Precisamos analisá-lo biblicamente para que tenhamos uma compreensão acerca do batismo.
     No grego temos duas palavras que definem para nós o significado de salvação. A primeira é soteria, que aponta para o livramento da ira vindoura. A segunda palavra que encontramos no Novo Testamento é sozo, que significa "libertação". O que o SENHOR JESUS nos ensina é que "quem crer e for batizado será libertado". Vamos ver esse ensino nas páginas do Novo Testamento.

Salvos do Mundo
     Precisamos ter clareza com respeito ao significado da palavra "salvação" na Bíblia. Qual é o objetivo da salvação? Isso talvez não seja facilmente entendido por aqueles que creram no SENHOR há pouco tempo porque lhes falta um entendimento preciso do que seja salvação. De acordo com o texto de Marcos 16.16, salvação está relacionada com o mundo, não com ser livrado do inferno. O oposto de vida eterna é perdição, enquanto o oposto de salvação é o mundo. Precisamos ser salvos para fora do mundo. Enquanto pertencemos ao mundo, estaremos em estado de perdição.
O mundo como um todo já está condenado, mas, pessoas estão sendo salvas do mundo. Todos aqueles que são alcançados pelo Evangelho são salvos, enquanto aqueles que permanecem no mundo, ainda estão perdidos. Biblicamente falando, o termo mundo é uma entidade espiritual.

Salvação é uma questão de posição
     Em Romanos 5.19, nos diz: "Porque, como pela desobediência de um só homem (Adão) muitos se tornaram pecadores". Não é necessário que uma pessoa peque para ser pecadora; por ser pecadora, e que uma pessoa peca. Por causa do pecado de um homem, todos se tornaram pecadores. Desde que alguém esteja em Adão, ou seja, no mundo, essa pessoa está em oposição a DEUS e é, portanto, inimiga de DEUS. Sua posição está errada, pois é uma posição de perdição. Essa é a história dos não salvos.
Segundo a Bíblia, os quatros fatos cardinais com respeito ao mundo são:
- mundo está condenado ou julgado diante de DEUS;
- mundo jaz no maligno;
- mundo crucificou o Senhor JESUS;
- mundo é inimigo de DEUS.
     Deve-se notar que o mundo não apenas peca, mas também crucificou o SENHOR JESUS. Portanto, o mundo é inimigo de DEUS. Esses são os quatro fatos fundamentais sobre o mundo, do ponto de vista de DEUS. Todos os que estão julgados e, portanto encontra-se em estado de perdição.
     O que está errado com as pessoas neste mundo é muito mais do que os atos injustos que cometem; é a própria posição diante de DEUS que está errada. Como pode alguém abandonar o mundo se ainda o atrai? Mas se um dia essa pessoa tiver seus olhos abertos para ver a posição em que o mundo se encontra diante de DEUS, por mais atraente que o mundo possa ser, ela o abandonará. Portanto, salvação diz respeito à libertação de um relacionamento impróprio com o mundo bem como de uma posição indevida neste mundo.
     As pessoas que mataram o SENHOR exclamaram: "Caia sobre nós o seu sangue, e sobre nossos filhos!" - (Mt 27:25). O mundo em que vivemos está errado, pois matou o SENHOR JESUS e, portanto, constituiu-se em inimigo de DEUS. Já está julgado por DEUS. Precisamos se libertados desse relacionamento. Precisamos se livrados dessa posição.
    O que, então, significa salvação? Ser salvo é ser libertado dessa irmandade, dessa posição, desse relacionamento com o mundo. Em outras palavras, é sair do mundo. As pessoas normalmente se preocupam com sua justificação pessoal, mas elas precisam ser lembradas do lugar de onde foram salvas. Salvação é ser salvo do mundo, para fora do mundo, não apenas ser tirado do inferno, pois o mundo está sob julgamento de DEUS.

O Batismo segue o crer
     Não há qualquer sombra de dúvida de que quem crê no SENHOR JESUS tem a vida eterna. Temos anunciado estas boas novas por muitos anos. Tão logo uma pessoa, quem quer que seja, crê no SENHOR JESUS, ela recebe vida eterna e, portanto, goza do favor de DEUS para sempre. Mas devemos nos lembrar: crer sem batismo ainda não é salvação. Sim, você creu e, de fato, tem vida eterna. Mas você ainda é considerado uma pessoa salva aos olhos do mundo. Enquanto você não for batizado, as pessoas não o considerarão salvo. Por quê? Porque ninguém sabe que você é diferente do resto do mundo. Você precisa se levantar e ser batizado, declarando o fim do seu relacionamento com o mundo.

O que é Batismo?
     É a sua emancipação do mundo. O batismo o liberta da raça à qual você pertencia. O mundo sabia que você era um com ele, mas no momento em que é batizado, o mundo imediatamente se conscientiza de que você não tem mais nada com ele. A amizade mantida por tantos anos chegou ao fim. Você sabe que é salvo. Todos agora reconhecem que você pertence ao SENHOR, pois você é dele.
Veja que o SENHOR JESUS diz: "Quem crer e for batizado será salvo". Porquê? Porque tendo crido e tendo sido batizados, agora torna-se patente qual é a nossa posição. Se não houvesse fé, não haveria aquele fato interior que traz realidade. Mas com a realidade interior, o batismo coloca a pessoa fora do mundo e põe fim ao seu relacionamento com ele. Batismo, portanto, é separação.

Sem batismo não há testemunho
     "Quem, porém, não crer será condenado". O não crer é suficiente para condenação. Se uma pessoa pertence à irmandade do mundo, sua descrença sela sua condenação. Por outro lado, aquele que crê deve ser batizado, porque enquanto não for batizado tal pessoa não terá testemunho de forma visível que saiu do mundo.
     O batismo é um anúncio público que declara: "Saí do mundo". Nunca entenda a palavra "salvação" como significando algo puramente pessoal. Segundo a Bíblia, é mais uma questão de sair do mundo do que de escapar do inferno.

O Batismo é uma proclamação pública de que não mais pertencemos ao mundo.
     Em Atos dos Apóstolos, naquele memorável sermão de Pedro após o Pentecoste ele disse: "Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de JESUS CRISTO para remissão dos vossos pecados, e recebereis o Dom do ESPÍRITO SANTO" - (At 2:38). Será que as palavras do apóstolo soam estranhas aos nossos ouvidos? Muitos cristãos parecem ter dificuldades com este versículo pronunciado de forma tão clara pelo apóstolo. Em que sentido pode o batismo conduzir à remissão de pecados? Não é estranho que o apóstolo não tenha enfatizado o "crer" na sua mensagem?
Por que será que Pedro só falou de batismo? É porque todos seus ouvintes participaram da morte do SENHOR JESUS. Cinqüenta dias atrás eles gritaram: "Fora com este!" - (Lc 23:18). Estiveram entre a multidão gritando palavras de rejeição. Agora, porém, alguns desejavam se separar da multidão. Como? Sendo batizados. Pelo batismo eles sairiam do mundo e romperiam seu relacionamento com essa irmandade. Assim que alguém pisa nas águas do batismo, ocorre a remissão de seus pecados, ou seja, essa pessoa deixa a irmandade à qual pertencia. Essa é a razão de Pedro, no dia de Pentecostes, dizer-lhes que fossem batizados em nome do SENHOR JESUS para remissão de seus pecados.
Será que agora você percebe que, tendo pertencido um dia ao mundo e sendo, portanto, inimigo do SENHOR, será salvo se sair do mundo? Você precisa confessar perante DEUS e homens que saiu do mundo e não mais está associado a ele. O batismo é uma proclamação pública de que não mais pertencemos ao mundo. Esse é o maior ensinamento do dia de Pentecostes. Deixemos que nossas mentes sejam moldadas pelo registro de DEUS e vez de doutrinas de homens.

Um testemunho público deve ser realizado de forma pública.
     Vamos atentar para a experiência de Paulo. Tendo sido uma pessoa do mundo, e tendo, agora, visto e crido no SENHOR JESUS, Paulo deveria se levantar e ser batizado. Ao se batizar, espiritualmente falando, seus pecados seriam lavados, na medida em que o seu relacionamento com o mundo findava. Se alguém se torna cristão secretamente, o mundo ainda o considera um dos seus. O cristão poderá até dizer que é salvo, mas o mundo não aceitará tal declaração. Quando essa pessoa se batiza, ela leva o mundo a ver sua salvação. Quem seria tolo a ponto de descer às águas sem uma boa razão para isso? Sim, ao se batizar, o cristão é livrado do mundo. Portanto, essa água está relacionada com o mundo.
     Uma vez que o batismo é um testemunho público, deve ser realizado de forma pública. Freqüentemente, pessoas que não crêem no SENHOR vão a reuniões de batismo. Mas alguns cristãos sugerem que, a fim de evitar confusão, não deveria haver muitos espectadores em tais reuniões. Se, é assim que deve ser, isso significa que João Batista ainda tem algo a aprender com tais cristãos, pois sem dúvida, a cena às margens do rio Jordão deveria ser bastante desorganizada! Não, deixemos que o mundo testemunhe o que estamos fazendo!

Salvos através da água
     A palavra de DEUS mantém uma unidade de pensamento. Em 1 Pe 3.20 lemos: "nos dias de Noé na qual poucos, a saber, oito pessoas, foram salvos, através da água". Isso mostra a salvação sob um ângulo um pouco diferente. O SENHOR diz: "Quem crer e for batizado será salvo". No dia de Pentecostes, Pedro declarou: "Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de JESUS CRISTO para remissão dos vossos pecados, e recebereis o Dom do Espírito Santo". A Paulo é dito: "Levanta-te, recebe o batismo e lava os teus pecados, invocando o nome dele". Mas aqui Pedro nos mostra como somos salvos através ("dia" no grego) da água.
     Tudo que não resiste à passagem pela água não se salva, mas se afoga. No tempo de Noé, todos foram batizados, mas apenas oito saíram da água com segurança. Além daquelas oito pessoas, todos foram imersos, mas nenhum foi capaz de ressurgir das águas. Em outras palavras, para esses as águas se tornaram águas de morte. Mas para nós, essa água é água de salvação. Eles foram imersos na água e afundaram, mas nós emergimos dela. Será que percebemos que há um aspecto positivo nas palavras de Pedro? É verdade que quando chegou o dilúvio, toda a humanidade morreu afogada. No entanto, houve oito pessoas na arca que saíram das águas. A água não conseguiu retê-las. Essas foram salvas enquanto as demais pereceram. Hoje, o mundo inteiro está sob a ira de DEUS. Entretanto, a pessoa que se batizapassa pela ira de DEUS e ressurge do mundo condenado. Esse é o significado do batismo.
     Batismo é impressão de um lado e emersão, do outro. Batismo traz à mente o passar pelas águas e o ressurgir delas. Vamos considerar o aspecto de emergir. Todos passaram pelas águas, mas apenas oito pessoas saíram delas. Hoje também somos salvos pelo batismo. Como acontece isso? É porque entramos nas águas e ressurgimos delas. Nenhuma pessoa que ainda não creu no SENHOR JESUS deve ser batizada, pois tal pessoa não será capaz de emergir das águas. Mas aqueles que crêem podem testificar para o mundo que encontraram a forma de sair das águas.

De agora em diante estamos fora do mundo
     Do conjunto de quatro trechos das Escrituras acima, deve estar claro o que o batismo pode fazer por nós. Ao sermos batizados, somos livrados do mundo. O novo cristão não deve deixar passar muitos anos antes de ser liberto do mundo. A primeira coisa que ele deve fazer é ser batizado. Ele deve entender qual é a posição do mundo diante de DEUS. O que é ser salvo? Ser salvo é ser dissociado do nosso estado anterior, é interromper nosso relacionamento com o mundo. De agora em diante, o cristão está do lado oposto ao do mundo. Aqueles que creram há pouco tempo precisam ver isso.
Logo após crer no SENHOR JESUS, a pessoa deve ver que ela não mais pertence a este mundo. O batismo é uma expressão definitiva do fato de Ter-se livrado do mundo. De agora em diante, ela habita na arca e, portanto, está do outro lado. Ela já não pode fazer muitas coisas, não apenas por Ter crido no SENHOR JESUS, mas também por Ter sido batizada. Essa pessoa atravessou uma ponte, e agora está do outro lado. Isso torna o batismo cheio de significado.
     A Bíblia é a Palavra de DEUS. Ela nos revela tudo o que DEUS fez por nós no passado. Ela também nos mostra por quais caminhos DEUS levou os homens a conhecê-LO. A fim de que conheçamos as riquezas e a plenitude da provisão de DEUS para nós, é necessário que estudemos a Bíblia. E para entendermos por quais passos DEUS nos guiará a Si mesmo, também precisamos estudar a Bíblia.
Além do mais, quando DEUS deseja nos usar para falarmos por Ele, Ele geralmente utiliza as palavras que já pronunciou. Se ignorarmos quais são essas palavras, fica difícil para DEUS falar através de nós. Seremos, então pessoas sem utilidade para Ele. Assim, precisamos estocar a Palavra de CRISTO ricamente em nossos corações, para que possamos ouvir aquelas palavras que DEUS deseja nos falar agora, e também para que possamos conhecer o mover de DEUS no passado.
     A Bíblia é um livro extenso e sério. Ainda que gastássemos toda a nossa vida no estudo desse livro, estaríamos como que apenas tocando em suas orlas. Como pode o crente, então, conhecer a Palavra se não gastar tempo com ela? É absolutamente impossível. Sendo assim, especialmente os jovens devem ser diligentes em estudar a Palavra de DEUS, de tal maneira que ao alcançarem a meia idade e, depois, a idade avançada, eles tenham um rico suprimento da Palavra tanto para suas necessidades quanto para as dos outros.
 
 
Luiz Fontes  -  Publicação: 03/11/2006 
Fonte: http://www.celebrandodeus.com.br/Data_site/002TextoSite.asp?ID=542
 
 

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

RELATO MÉDICO e CIENTÍFICO da CRUCIFICAÇÃO de JESUS CRISTO

     Um livro recente, sério, científico, é do médico legista americano Dr. Frederick Zugibe, um dos mais conceituados peritos criminais em todo o mundo e professor da Universidade de Columbia, dissecou a morte de Jesus com a objetividade científica da medicina. Ele foi patologista-chefe do Instituto Médico Legal de Nova York durante 35 anos. As suas conclusões estão no livro “A crucificação de Jesus – as conclusões surpreendentes sobre a morte de Cristo na visão de um investigador criminal”, lançado no Brasil (Editora Idéia e Ação, 455 págs.).


     Dr. Frederick, de 76 anos, é católico convicto, e realizou suas pesquisas com amor, devoção e respeito a Jesus Cristo, durante  meio século de sua vida estudou a verdadeira “causa mortis” de Jesus. Escreveu três livros e mais de dois mil artigos sobre o assunto, todos publicados em revistas especializadas, nos quais revela como foi a crucificação e quais as consequências físicas, do ponto de vista médico, dos flagelos sofridos por Cristo durante as  18 horas de sua paixão.
O legista afirma que a “causa mortis” de Jesus foi parada cardiorrespiratória decorrente de hemorragia e perda de fluidos corpóreos (choque hipovolêmico), isso combinado com choque traumático decorrente dos castigos físicos a ele infligidos, discordando da hipótese anterior.
     O mais antigo, escrito há mais de trinta anos, é do medico e cirurgião francês Pierre Barbet que estudou o assunto durante 25 anos. O livro se chama “A Paixão de Cristo Segundo o Cirurgião” (Ed.Loyola, SP), cujo relato segue abaixo:
” Sou um cirurgião, e dou aulas há algum tempo.  Por treze anos vivi em companhia de cadáveres e durante a minha carreira estudei anatomia a fundo. Posso portanto escrever sem presunção a respeito de morte como aquela. Jesus entrou em agonia no Getsemani e seu suor tornou-se como gotas de sangue a escorrer pela terra. O único evangelista que relata o fato é um médico, Lucas. E o faz com a decisão de um clínico. O suar sangue, ou “hematidrose”, é um fenômeno raríssimo. É produzido em condições excepcionais. Para provocá-lo é necessário uma fraqueza física, acompanhada de um abatimento moral violento causado por uma profunda emoção, por um grande medo. O terror, o susto, a angústia terrível de sentir-se carregando todos os pecados dos homens devem ter esmagado Jesus. Tal tensão extrema produz o rompimento das finíssimas veias capilares que estão sob as glândulas sudoríparas, o sangue se mistura ao suor e se concentra sobre a pele, e então escorre por todo o corpo até a terra.
     Conhecemos a farsa do processo preparado pelo Sinédrio hebraico, o envio de Jesus a Pilatos e o desempate entre o procurador romano e Herodes. Pilatos cede, e então ordena a flagelação de Jesus. Os soldados despojam Jesus e o prendem pelo pulso a uma coluna do pátio. A flagelação se efetua com tiras de couro múltiplas sobre as quais são fixadas bolinhas de chumbo e de pequenos ossos. Os carrascos devem ter sido dois, um de cada lado, e de diferente estatura. Golpeiam com chibatadas a pele, já alterada por milhões de microscópicas hemorragias do suor de sangue. A pele se dilacera e se rompe; o sangue espirra. A cada golpe Jesus reage em um sobressalto de dor. As forças se esvaem; um suor frio lhe impregna a fronte, a cabeça gira em uma vertigem de náusea, calafrios lhe correm ao longo das costas.
      Se não estivesse preso no alto pelos pulsos, cairia em uma poça de sangue. Depois o escárnio da coroação. Com longos espinhos, mais duros que os de acácia, os algozes entrelaçam uma espécie de capacete e o aplicam sobre a cabeça. Os espinhos penetram no couro cabeludo fazendo-o sangrar (os cirurgiões sabem o quanto sangra o couro cabeludo). 
     Pilatos, depois de ter mostrado aquele homem dilacerado à multidão feroz, o entrega para ser crucificado. Colocam sobre os ombros de Jesus o grande braço horizontal da Cruz; pesa uns cinquenta quilos. A estaca vertical já está plantada sobre o Calvário. Jesus caminha com os pés descalços pelas ruas de terreno irregular, cheias de pedregulhos. Os soldados o puxam com as cordas. O percurso é de cerca de 600 metros. Jesus, fatigado, arrasta um pé após o outro, frequentemente cai sobre os joelhos. E os ombros de Jesus estão cobertos de chagas. Quando ele cai por terra, a viga lhe escapa, escorrega, e lhe esfola o dorso. Sobre o Calvário tem início a crucificação. Os carrascos despojam o condenado, mas a sua túnica está colada nas chagas e tirá-la produz dor atroz. Quem já tirou uma atadura de gaze de uma grande ferida percebe do que se trata. Cada fio de tecido adere à carne viva: ao levarem a túnica, se laceram as terminações nervosas postas em descoberto pelas chagas.
      Os carrascos dão um puxão violento. Há um risco de toda aquela dor provocar uma síncope, mas ainda não é o fim. O sangue começa a escorrer.

                   

     Jesus é deitado de costas, as suas chagas se incrustam de pé e pedregulhos. Depositam-no sobre o braço horizontal da cruz. Os algozes tomam as medidas. Com uma broca (arco de pua), é feito um furo na madeira para facilitar a penetração dos pregos. Os carrascos pegam um prego (um longo prego pontudo e quadrado),apoiam-no sobre o pulso de Jesus, com um golpe certeiro de martelo o plantam e o rebatem sobre a madeira.
     Jesus deve ter contraído o rosto assustadoramente. O nervo mediano foi lesado. Pode-se imaginar aquilo que Jesus deve ter provado; uma dor lancinante, agudíssima, que se difundiu pelos dedos, e espalhou-se pelos ombros, atingindo o cérebro. A dor mais insuportável que um homem pode provar, ou seja, aquela produzida pela lesão dos grandes troncos nervosos: provoca uma síncope e faz perder a consciência. Em Jesus não. O nervo é destruído só em parte: a lesão do tronco nervoso permanece em contato com o prego: quando o corpo for suspenso na cruz, o nervo se esticará fortemente como uma corda de violino esticada sobre a cravelha. A cada solavanco, a cada movimento, vibrará despertando dores dilacerantes. Um suplício que durará três horas.
     O carrasco e seu ajudante empunham a extremidade da trava; elevam Jesus, colocando-o primeiro sentado e depois em pé; consequentemente fazendo-o tombar para trás, o encostam na estaca vertical. Depois rapidamente encaixam o braço horizontal da cruz sobre a estaca vertical. Os ombros da vítima esfregam dolorosamente sobre a madeira áspera. As pontas cortantes da grande coroa de espinhos penetram o crânio. A cabeça de Jesus inclina-se para frente, uma vez que o diâmetro da coroa o impede de apoiar-se na madeira. Cada vez que o mártir levanta a cabeça, recomeçam pontadas agudas de dor. Pregam-lhe os pés. Ao meio-dia Jesus tem sede. Não bebeu desde a tarde anterior. Seu corpo é uma máscara de sangue. A boca está semi aberta e o lábio inferior começa a pender. A garganta, seca, lhe queima, mas ele não pode engolir. Tem sede. Um soldado lhe estende sobre a ponta de uma vara, uma esponja embebida em bebida ácida, em uso entre os militares. Tudo aquilo é uma tortura atroz. Um estranho fenômeno se produz no corpo de Jesus. Os músculos dos braços se enrijecem em uma contração que vai se acentuando: os deltóides, os bíceps esticados e levantados, os dedos, se curvam. É como acontece a alguém ferido de tétano. A isto que os médicos chamam tetania, quando os sintomas se generalizam: os músculos do abdômen se enrijecem em ondas imóveis, em seguida aqueles entre as costelas, os do pescoço, e os respiratórios. A respiração se faz, pouco a pouco mais curta. O ar entra com um sibilo, mas não consegue mais sair. Jesus respira com o ápice dos pulmões. Tem sede de ar: como um asmático em plena crise, seu rosto pálido pouco a pouco se torna vermelho, depois se transforma num violeta purpúreo e enfim em cianítico. Jesus é envolvido pela asfixia.
Os pulmões cheios de ar não podem mais esvaziar-se. A fronte está impregnada de suor, os olhos saem fora de órbita. Mas o que acontece? Lentamente com um esforço sobre-humano, Jesus toma um ponto de apoio sobre o prego dos pés. Esforça-se a pequenos golpes, se eleva aliviando a tração dos braços. Os músculos do tórax se distendem. A respiração torna-se mais ampla e profunda, os pulmões se esvaziam e o rosto recupera a palidez inicial.
      
     Por que este esforço ? Porque Jesus quer falar: “Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem”. Logo em seguida o corpo começa afrouxar-se de novo, e a asfixia recomeça. Foram transmitidas sete frases pronunciadas por ele na cruz: cada vez que quer falar, deverá elevar-se tendo como apoio o prego dos pés. Inimaginável !

      Atraídas pelo sangue que ainda escorre e pelo coagulado, enxames de moscas zunem a o redor do seu corpo, mas ele não pode enxotá-las. Pouco depois o céu escurece, o sol se esconde: de repente a temperatura diminui. Logo serão três da tarde, depois de uma tortura que dura três horas. Todas as suas dores, a sede, as cãibras, a asfixia, o latejar dos nervos medianos, lhe arrancam um lamento: “Meu Deus, meu Deus, porque me abandonastes ?” Jesus grita: “Tudo está consumado!”. Em seguida num grande brado diz: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito”. E morre. Em meu lugar e no seu.
Dr. Pierre Barbet, médico francês”

      Não foram os pregos que prenderam Jesus na Cruz, mas o amor. MATEUS 11, 28 – 30 “Vinde a mim, todos os que estai cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve! “.

Pense nisto, VIVA EM CRISTO e que Deus te abençoe.
Apenas um aprendiz