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segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

OS TRÊS NÍVEIS DA NEGATIVA DE PEDRO

OS TRÊS NÍVEIS DA NEGATIVA DO APÓSTOLO PEDRO.
(Átrio, Lugar Santo e o Santíssimo Lugar)

   Utilizando a figura do tabernáculo quero ilustrar quatro grupos de pessoas.
   O primeiro deles são aqueles que ainda não estão no "Átrio", pois não encontraram a porta de acesso(Jo 10.9). São as pessoas mundanas que não conhecem e nem reconhecem que Jesus é SENHOR.

   Vejamos os outros três grupos aos quais estamos(cristãos) incluídos:

"Estando Pedro embaixo no pátio(átrio), veio uma das criadas do sumo sacerdote"(Mc 14.66).

   O "Átrio" era o local reservado para os convidados, para os sacerdotes e para os levitas prestarem adoração e oferecer sacrifícios de animais em holocausto a Deus. É onde está o segundo e maior grupo de cristãos. Aqui há pessoas não convertidas verdadeiramente, há adoradores e também muitos obreiros da casa do Senhor. Aqui encontra-se pessoas que dizem conhecer a Deus, mas O negam com suas atitudes, comportamentos e com as suas palavras. Aqui estão pessoas com poucas experiências com Deus e que apesar do véu literal ter sido rasgado(Mt 27.51), estas não almejam entrar no santíssimo lugar e nem ousam isso(Hb 10.19), estão satisfeitas com suas vidas naturais e seus pensamentos terrenos. 

"E, saindo para o alpendre(vestíbulo), foi ele visto por outra criada...(Mt 26.41)

   O vestíbulo é o primeiro cômodo que dá acesso aos outros cômodos principais, que em minha ilustração se refere ao "Lugar Santo". O "Lugar Santo" estava destinado apenas aos sacerdotes que serviam ao Senhor. Estes cuidavam da mesa dos pães da proposição, mantinham o candelabro sempre aceso e preparavam o incensário. 
   O livro de Apocalipse diz que Deus nos constituiu para Ele, reis e sacerdotes(Ap 1.6). Então olhando novamente para figura do tabernáculo, vemos que aqui também encontra-se um segundo grupo de pessoas. Pessoas que através da Ceia do Senhor,  participam do mesmo pão, o pão vivo que desceu do céu(Jo 6.35), pessoas que se reúnem num mesmo lugar para ter comunhão umas com as outras, pessoas batizadas com o Espírito Santo, pessoas adoradoras, presbíteros, evangelistas e  pastores. Mas por muito pouco ou quase nada, facilmente apostatam da fé, murmuram igual criança, quando não é atendida, deixam de frequentar as congregações, fazendo exatamente o contrário do que está escrito na carta aos hebreus(Hb 10.25). E assim elas negam a Cristo de várias maneiras.  

Finalmente temos o terceiro grupo, vejamos:
 "Mas Pedro insistia: Homem, não compreendo o que dizes. E logo, estando ele ainda a falar, cantou o galo. Então, voltando-se o Senhor, fixou os olhos em Pedro, e Pedro se lembrou da palavra do Senhor, como lhe dissera: Hoje, três vezes me negarás, antes de cantar o galo."(Lc 22.60,61)

   O "Santíssimo Lugar" também chamado de "Santo dos Santos" era o local mais inferior da tenda. Era  neste lugar que ficava a Arca da Aliança, símbolo da aliança mosaica e da presença de Deus em Israel. Ali o sumo-sacerdote se apresentava uma vez por anos para fazer expiação pelo seu pecado e também de todo povo, esse dia era conhecido como "O Dia do Arrependimento"(Yom Kipur). 
   Então vejamos: Quando Pedro negou a Cristo pela terceira vez, Lucas diz que Jesus olhou para ele. Recorrendo ao evangelho de João, ele narra que Jesus havia sido conduzido a presença do sumo-sacerdote Caifás(Jo 18.24-27), isto é tremendo! Então veja que Pedro estava diante de Jesus, que é Deus. Na visão do tabernáculo, Pedro estava no Santíssimo Lugar, na presença imediata de Deus e foi ali que ele O negou pela terceira vez. 
   Então é possível um cristão, convertido(achou a porta), seguidor de Cristo(já tomou sua cruz), batizado nas águas(bacia de bronze), batizado com e no Espírito(candelabro), participante da mesa do Senhor(mesa de pães), adorador(altar de incenso), ministro do Senhor(arca da aliança) negar a Cristo. 

   Pedro chegou a pedir que maldições viesse sobre ele, caso o que ele estava dizendo não fosse verdade, isto é, que ele realmente não conhecia Jesus(Mc 14.71). Pedro estava apavorado, com muito medo do que poderia lhe acontecer, Pedro não queria morrer, o pavor o fez esquecer do que ele disse poucas horas antes: "Ainda que me seja necessário morrer contigo, não te negarei"(Mt 26.35). Hoje sabemos que "Deus não nos deu espírito de medo, mas de fortaleza, de amor e de moderação"(2Tm 1.7). Hoje em dia vemos pessoas como Pedro, com seus altos e baixos, pessoas que abandonam Cristo e o Evangelho por muito menos: um carro, uma casa, uma doença que não sara, um familiar que não se converte e coisas semelhantes a estas. 

   Concluo retomando o que eu disse no inicio, que o véu foi rasgado e por isso temos livre acesso ao Pai. Mas apenas saber disso não é suficiente, eu devo almejar isto, eu devo desejar esta comunhão com o Eterno e buscar isto em oração a todo tempo. 
   Porque muitos contentam-se em estar no Átrio, poucos chegam ao Santo Lugar e uma minoria ao Lugar Santíssimo. 

   A grande pergunta é: por que negamos Cristo com tanta facilidade? 
Para ajudar nesta questão vejamos o que Paulo escreveu para os Corintios:
"Mas até hoje, quando é lido Moisés, o véu está posto sobre o coração deles. Quando, porém, algum deles se converte ao Senhor, o véu lhe é retirado."(2Co 3.14,15). 
   Talvez esta seja a resposta mais plausível. Nós é que colocamos uma barreira espiritual entre nós e Deus, a qual nos impede de termos um relacionamento vivo com o Deus Vivo. Orgulho, mentira, falta de vigilância, confiança na carne, renunciar a Cristo e fugir dEle, seguir a Jesus de longe, sentar com inimigos de Cristo, desistir dEle, estes são alguns exemplos tirados dos momentos que antecederam as três vezes que Pedro negou a Cristo e cabe bem a nós analisarmos para que também não cometamos os mesmos erros. 
   Quantos Pedros tem dentro e fora dos templos eu não sei dizer, mas uma coisa eu digo: não contente-se menos do estar na Presença Imediata de Deus. Esse é um direito adquirido por Cristo para nós, seus irmãos.  

Pense nisto, VIVA EM CRISTO e que Deus te abençoe.
Pastor Edson

  

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

O FRUTO DO ESPÍRITO - DOMÍNIO PRÓPRIO

"Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei."(Gl 5.22,23).

   Domínio próprio: (Gr. egkrateia): Também traduzida por temperança, significa autocontrole, domínio dos próprios desejos e paixões. Conforme nossa divisão de três grupos feita no inicio do estudo, este é  uma relação que alguém mantém consigo mesmo. 

   Esta palavra era aplicada  a disciplina que os atletas exerciam sobre seu próprio corpo: Todo atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível(1Co 9.25). Aplicava-se também no domínio do cristão com relação ao sexo: Caso, porém, não se dominem, que se casem; porque é melhor casar do que viver abrasado(1Co 7.9).

    A pessoa que tem a bênção de possuir esta qualidade, possui “o poder de conter-se a si mesma”, que é o sentido do termo usado no original. 
   O domínio próprio é a virtude oposta da maioria das obras da carne mencionadas previamente, entre os vícios enumerados nos versos 19 a 21.  Então aqui fica claro que temos referência a muito mais coisas que simplesmente a sexo. Aqueles que realmente exercem esta virtude levam todo o pensamento à submissão e obediência a Cristo (2 Co 10.5). E por ele apontar para aqueles pecados e maus caminhos, esta é provavelmente a razão pela qual este fruto do Espírito em especial é o único que não possui uma qualidade equivalente vinda de Deus que possamos descobrir, pois o próprio Deus não precisa manter sob controle paixões malignas ou pecaminosas, Deus não é tentado pelo mal, e nele não há treva alguma (1Jo 1.5).

   Vejamos dois exemplos de dois homens de Deus, onde um homem soube exercitar o domínio próprio e o outro não.
  José exercitou domínio próprio quando foi tentado pela esposa de Potifar, fugindo dela. Davi falhou em exercitar domínio próprio com Bate-Seba e acabou perdendo o domínio não só de si mesmo, mas também do resto de sua família.

   A bíblia diz que nos últimos tempos haveria extrema corrupção na face da terra e teríamos: homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, ingratos, desafeiçoados, implacáveis, caluniadores, sem domínio de si, cruéis, inimigos do bem” (2Tm 3.2,3).
   
   E quanto ao controle de seu temperamento? E quanto ao controle de seu apetite? Precisamos lembrar que o apóstolo Paulo inclui iras e glutonaria entre os pecados que condenaveis. E quanto ao controle de nossos pensamentos, nossa imaginação, e nossos desejos que se escondem dentro de nossos corações e mentes? E talvez o mais importante, e quanto ao controle de nossa língua? Lembra-se de como Tiago diz que a língua é um órgão tão pequeno, e ainda assim pode criar tantos males e destruição quando sai de controle? Ele diz: "Mas a língua, porém, nenhum dos homens é capaz de domar; é mal incontido, carregado de veneno mortífero."(Tg 3.8)

   Seria possível alguém ser conhecedor da Bíblia e não ter domínio próprio? Claro que sim! Por isso que Deus nos orienta a sempre associarmos o domínio próprio ao conhecimento. Conhecer a Bíblia é uma coisa, colocar em prática é outra coisa bem diferente. Veja: “com o conhecimento, o domínio próprio; com o domínio próprio, a perseverança; com a perseverança, a piedade;(2Pe 2.6)

   Finalmente após Paulo ter citado o Fruto do Espírito, veja três coisas importantes que precisamos tomar nota:
   v24 - Ora, isso soa um pouco estranho, afinal, quem decretaria uma lei contra benignidade ou bondade? Penso que o que Paulo quer dizer, é que a lei não tem nada a ver com tais coisas; ele está falando do comportamento que vem do caráter. Então tais comportamentos que observamos no Fruto do Espírito não fluem do tipo de regra que você segue, mas do tipo de pessoa que você é, ou a pessoa que você está se tornando conforme o Senhor Jesus Cristo é formado dentro de você através do poder do Espírito Santo. Então esta é a primeira coisa.
   v25 - Paulo fala negativamente que há certas coisas para as quais devemos dizer “não”. Ele diz que os que são de Cristo Jesus crucificaram a carne. É uma palavra muito forte. Ela quer dizer que há certas coisas que um cristão precisa simplesmente dizer isso não é aceitável para mim. Há lugares para onde não devo ir. Há coisas para as quais não devo olhar. Há palavras que eu não devo dizer. Há relacionamentos que não devo manter. Há posturas que não devo me permitir adotar. Isso não significa se isolar em uma espécie de negatividade, mas é uma disciplina da vida cristã. Há uma maneira de dizer “não” que é importante para produzir frutos do Espírito.
   v26 - Paulo diz que se vivemos no Espírito, isto é, se foi o Espírito Santo que nos deu vida, então deveríamos continuar andando no Espírito. É uma espécie de metáfora militar, como um exército marchando em sincronia. E Paulo diz: “Certifique-se de estar seguindo o ritmo do Espírito Santo em sua vida positivamente”.

Viva Em Cristo, um forte abraço e que Deus te abençoe.
Pastor Edson


 

O FRUTO DO ESPÍRITO - MANSIDÃO

"Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei."(Gl 5.22,23).

   Mansidão (gr. prautes); disposição de ser gentil, manso, paciente em sofrer injúrias sem ter espírito de vingança, um equilíbrio de todos os temperamentos e paixões, o contrário da ira. A mansidão também é muito próxima à humildade. De fato, às vezes elas vêm juntas. Ao olharmos para Efésios 4.2, a primeiríssima coisa que Paulo diz é o que os novos convertidos devem fazer quando estão andando num caminho que é consistente com seu chamado, é terem toda humildade e mansidão.  Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor,”(Ef 4.1,2).

  Quando olhamos panoramicamente para o Antigo testamento, quase não encontramos a palavra mansidão, porém vemos atos mansos do nosso Deus para com o Seu povo. Vejamos mansidão e ato de mansidão:

 “Buscai o SENHOR, vós todos os mansos da terra, que cumpris o seu juízo; buscai a justiça, buscai a mansidão; porventura, lograreis esconder-vos no dia da ira do SENHOR.”(Sf 2.3) 

   Quando Elias estava fugindo de Jezabel temendo por sua vida, e caiu numa espécie de depressão suicida. E Deus o encontra no deserto, sob uma árvore desejando morrer. E o que Deus faz? Basicamente Deus o conforta. Deixa-o dormir, e depois o acorda para tomar café-da-manhã. E a comida que Deus lhe deu foi pão recém assado no céu, entregue por um anjo. Então Deus o levou de volta para o Monte Sinai, e novamente lhe dá uma demonstração audiovisual de terremoto, vento e fogo. Mas então, o texto diz que Deus não estava naquelas coisas. Quando Deus falou a Elias, foi, como costuma ser traduzido, uma pequena e tranquila voz, ou em nossa tradução moderna, um manso sussurro. E depois de lidar com Elias tão mansamente, Deus manda Elias de volta e o restaura a seu trabalho. Então a mansidão de Deus no Antigo Testamento está lá.

   Também vemos a mansidão sendo relacionado a Jesus “eu era como um cordeiro manso levado ao matadouro”(Jr 11.19)

   No novo testamento a palavra mansidão aparece inúmeras vezes.
   A mansidão deve ser seguida:Tu, porém, ó homem de Deus, foge destas coisas; antes, segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a constância, a mansidão.”(1  Tm 6.11) 

   Devemos nos revestir de mansidão:Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade. Suportai-vos uns aos outros, perdoai-vos mutuamente, caso alguém tenha motivo de queixa contra outrem. Assim como o Senhor vos perdoou, assim também perdoai vós;”(Cl 3.12,13)

   Entende-se que a mansidão é uma qualidade de manso. 
   A bíblia diz que Moisés era um homem mui manso(Nm 12.3), diz que os mansos comerão e se fartarão(Sl 22.26), que os mansos o ouvirão e se alegrarão(Sl 34.2), que os mansos herdarão a terra(Sl 37.11; Mt 5.5); "E os mansos terão gozo sobre gozo no SENHOR"(Is29.19)
 "E ao servo do Senhor não convém contender, mas sim, ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor;"(2Tm 2.24) e Jesus falou dele mesmo:"Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas."(Mt 11.29)

Viva Em Cristo, um forte abraço e que Deus te abençoe.
Pastor Edson

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

O FRUTO DO ESPÍRITO - BENIGNIDADE


 "Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei."(Gl 5.22,23).

   Benignidade – (Gr. chrestotes) Delicadeza, afabilidade; uma graça muito rara, uma disposição a ser gentil, temperado, culto e refinado em caráter e conduta. 

   A benignidade é resultado da extrema compaixão do Espírito Santo para  com a humanidade perdida e agonizante. É muito mais do que bondade, uma vez que até o perverso pode ser bondoso. Uma boa educação e maneiras polidas, quando trazidas sob a influência da graça de Deus, trará esta graça com grande efeito. 

   A benignidade fala de uma disposição interior e a bondade fala de consequências ou atos exteriores. Quem é benigno, pratica a bondade.

   Chris Wright em sua série entitulada "9-a-day" diz assim:
 "No Antigo Testamento, há uma palavra maravilhosa que os israelitas costumavam usar bastante a respeito de Deus. Em hebraico, é a palavra “khesed”, e ela é traduzida de muitas maneiras diferentes. Às vezes como amor, ou como fidelidade, ou lealdade, ou misericórdia; mas em traduções mais antigas, era usado o termo “amável benignidade”, um belo termo, e mais frequentemente simplesmente como “benignidade”. Então frequentemente os israelitas cantavam e celebravam isso. Talvez o mais famoso, é o fim do Salmo 23: “Bondade e misericórdia” (esta é a palavra benignidade), “certamente me seguirão todos os dias da minha vida”.  

    Somos atraídos ao Senhor por causa da sua benignidade:
"De longe se me deixou ver o SENHOR, dizendo: Com amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade te atraí.(Jr 31.3)

   Nosso arrependimento provem da benignidade de Deus:
"Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento?" (Rm 2.4). 

    Se permanecermos em Cristo, Ele é benigno para conosco: 
Considerai, pois, a bondade e a severidade de Deus: para com os que caíram, severidade; mas, para contigo, a bondade de Deus, se nela permaneceres; doutra sorte, também tu serás cortado"(Rm 11.22).

   Devemos nos revestir da benignidade do Senhor:
 "Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia, de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade."(Cl3.12).

   Sendo revestidos nos tornamos como Ele:
   Leia Lucas 6.27-38. 

   Ser benigno uns para com os outros:
"Antes, sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus, em Cristo, vos perdoou."(Ef 4.32).

   Jesus Cristo, com sua alma delicada e benigna, admoesta os seus discípulos que quiseram impedir a aproximação de algumas crianças. Ele disse: "Deixai vir a Mim as criancinhas e não queirais impedi-las"(Mc 10.13,14). Outro exemplo de sua benignidade deu-se após sua ressurreição, quando disse a Maria: "Vai contar aos meus discípulos e a Pedro" (Mc 16.7). A referência a Pedro seria desnecessária, uma vez que Pedro era um de seus discípulos, mas a benignidade de Jesus não o deixava esquecer e menosprezar o remorso que seu discípulo estaria sentindo por tê-lo negado. O espírito benigno de Jesus era capaz de compreender o temperamento vacilante e inconsequente do sanguíneo Pedro, que pergunta quantas vezes deverá perdoar um irmão (Mt 1.8-21). O Espírito Santo lhe responde com uma quantidade que o faz parar de contar, porque Ele não tem limite para perdoar.
   
   Os Evangelhos contêm numerosas ilustrações da benignidade que Cristo demonstrou para com os pecadores. Para mencionar apenas algumas, ver Mc 10.13-16; Lc 7.11-17, 36-50; 8.40-56, 13.10-17, 18.15-17, 23.34; Jo 8.1-11, 19.25-27. 

Viva Em Cristo, um forte abraço e que Deus te abençoe.
Pastor Edson


quarta-feira, 13 de novembro de 2013

O FRUTO DO ESPÍRITO - FIDELIDADE



"Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra estas coisas não há lei."(Gl 5.22,23).

   Fidelidade (Gr. Pistis) = fé, lealdade constante e inabalável a alguém com quem estamos unidos por promessa. A fé é o princípio vivo, a essência das coisas que se esperam e a certeza das coisas que se não vêem(Hb 11.1). É a dependência absoluta e a confiança na Palavra de Deus e de Cristo(Mt 15.28).É entregar-se a um novo modo de vida, é uma das coisas mais importantes na vida de todo cristão: "ai de vós escribas e fariseus hipócritas! Pois que dais o dizimo da hortelã e endro e do cominho e desprezais o mais importante da lei, juízo, a misericórdia e a fé.(Mt 23.23)

   A Bíblia nos ensina que há duas fontes de fé: uma delas é a pregação: "A fé vem pelo ouvir e o ouvir pela palavra de Deus" (Rm 10.17); a outra é a que estamos estudando, ou seja, o Espírito Santo: O fruto do Espírito é... a fé (Gl 5.22). Mas somos advertidos pelo Espírito Santo que diz: “Ora, o Espírito afirma expressamente que, nos últimos tempos, alguns apostatarão da fé, por obedecerem a espíritos enganadores e a ensinos de demônios...”(1Tm 4.1).  Apostatar é o mesmo que abandonar e isto é um grande perigo para a alma do cristão, visto que Jesus disse através de revelação ao apóstolo João: "Não temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias. Sê fiel até à morte, e dar-te-ei a coroa da vida."(Ap 2.10). Sigamos o exemplo do velho apóstolo Paulo escrevendo sua última epístola ao jovem Timóteo: "Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé"(2 Tm 4.7).

   Ao analizarmos esta carta, notamos que o apóstolo se queixa de falta de fidelidade para com ele: “Fiz-me acaso vosso inimigo dizendo a verdade?”(Gl 4.16) e falta de fidelida com o Evangelho: "Admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou na graça de Cristo para outro evangelho,"(Gl 1.6); "Ó gálatas insensatos! Quem vos fascinou a vós outros, ante cujos olhos foi Jesus Cristo exposto como crucificado"(Gl 3.1); "Vós corríeis bem; quem vos impediu de continuardes a obedecer à verdade?"(Gl 5.7).
  
   Conseqüentemente e com toda probabilidade, o que Paulo está recomendando aqui, como um fruto do Espírito, é a fidelidade a Deus e à sua vontade. Contudo, isto não exclui, antes inclui, a lealdade para com os homens.

   Fidelidade é a característica de quem possui fé. A fé que não conduz o crente à fidelidade, não tem valor nenhuma para a prática na vida cristã, portanto é uma fé morta (Tg 2.14-26).

   Nas Escrituras Sagradas vemos Deus a procura de pessoas fiéis para habitar com Ele(Sl 101.6). Temos que ser fiéis em tudo, pois Deus habita em nós e Ele é fidelidade: “Eis a Rocha! Suas obras são perfeitas, porque todos os seus caminhos são juízo; Deus é fidelidade, e não há nele injustiça; é justo e reto.”(Dt 32.4). 
 
  Vejamos o exemplo de Moisés que foi fiel em toda casa de Deus(Hb 3.5). Notamos que a fidelidade não caminha de mãos dadas com a ambição, pelo contrário, quando Deus quis matar o povo israelita no deserto, Ele disse a Moisés que faria dele uma nova nação. Moisés não hesitou em ter seu nome riscado do livro da vida a ver o seus irmãos destruidos(Ex 32.11,32). Também vemos a fidelidade de Moisés para com o povo quando não teve ciumes dos dois homens que começaram a profetizar, mas disse a Josué: "Tomara que todo povo do Senhor fosse profeta"(Nm 11.26-29). 

   Paulo diz que fidelidade é algo que é requerido de nós: "Ora, além disso, o que se requer dos despenseiros é que cada um deles seja encontrado fiel"(1 Co 4.2). Este é o tipo de comprometimento e fidelidade do qual Moisés, Paulo e Jesus foram modelos, e este é o tipo de fidelidade que Deus quer ver em nós enquanto buscamos produzir os frutos do Espírito. 
 
Viva Em Cristo, um forte abraço e que Deus te abençoe.
Pastor Edson